O surgimento da vida
Inicialmente, os planetas, inclusive a
Terra, apresentavam uma atmosfera primária, formadas por átomos de hélio e
moléculas de gás hidrogênio. Devido aos movimentos violentos dos ventos
solares, essa atmosfera foi dispersada. Assim, a Terra perdeu a sua primeira
atmosfera, mas com os gases liberados a
partir do interior do planeta, formou – se , há apenas um bilhão e meio de
anos, uma nova atmosfera formada por vapor de água, metano , amônia e gás
hidrogênio.
O sol fornecia luz e calor, a chuva
caía abundantemente, acompanhada de raios, e os materiais radioativos emitiam
radiações, liberando, assim, mais energia para a atmosfera. Nesse ambiente
caótico, com pouco ou nenhum oxigênio, ocorreram reações orgânicas que permitiram
o aparecimento das primeiras moléculas orgânicas. O termo aqui orgânico está
relacionado com as substâncias relacionadas com os organismos vivos (termo
considerado até o início do século XIX).
Na década de 1950, Stanley Lloyd
Miller, na Universidade de Chigaco (EUA), realizou um experimento simulando
como seriam as condições da atmosfera terrestre há 1,5 bilhão e meio de anos
atrás. Ele submeteu a mistura de gases atmosféricos (CH4, NH3,
H2) e vapor de água a descargas elétricas. Ao fim do experimento ele
verificou a formação de aminoácidos, como as glicina e a alanina.
Os aminoácidos originaram as
proteínas, os formaldeídos os açucares que por sua vez originaram as purinas e
pirimidinas e deram origem às moléculas de DNA, que contém as informações
genéticas de todos os seres vivos da Terra
inclusive o homem.
Os primórdios da química orgânica
Originalmente
proposta em 1777 pelo
químico sueco Torbern Olof Bergman, a química orgânica foi primeiramente
definida como um ramo químico que estudava os compostos extraídos dos organismos vivos, contrastando com a química inorgânica, que tratava dos compostos existentes
no então chamado "reino mineral". Em 1807, foi formulada a teoria da força vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela baseava-se na ideia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior — a
vida — para serem sintetizados, tratando como impossível a síntese
artificial desses compostos.
No
entanto, em 1828, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, a partir do
aquecimento de cianato de amônio, produziu a ureia, composto existente na urina animal. Isto é,
Wöhler demonstrou ser possível a síntese de um composto orgânico, a ureia, a
partir de um composto inorgânico, o cianato de amônio
Tal processo ficou conhecido como síntese
de Wöhler e, com essa
descoberta, a teoria da força vital perdeu força. Devido à inadequação da
definição de Bergman para a química orgânica, o químico alemão Friedrich August
Kekulé propôs, em 1858, a definição aceita atualmente:
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